Quando era criança, ia para destinos de praia com os meus pais. Esses destinos eram simples, com cooler, sanduíches e brinquedos de praia.
Paraty, por outro lado, oferece uma experiência diferente.
Experienciar Paraty envolve aproveitar a história do local, andar em ruas de pedra que fazem exercitar o seu equilíbrio.
Tem umas pedras enormes no Centro Histórico que são o chão do local. Parecem grandes cascos de tartaruga.
Tem muita coisa para fazer além de dar um mergulho. Muito embora, dar um mergulho é excelente, porque a água de Paraty é maravilhosa. É quente, rasa e com poucas ondas.
A praia bem próxima do centro, a do Pontal, não é própria para banho, então o primeiro choque é que essa praia tão próxima não é a melhor para aproveitar os dias. Você pode consultar aqui o relatório para entender quais os locais você pode ir com esse intuito.
Agora, se você está hospedado no Centro Histórico — e eu recomento demais que você se hospede por lá, dada a facilidade e proximidade de todas as maravilhas do destino — também poderá ir até a Praia do Jabaquara a pé.
E claro, o melhor lugar para buscar hospedagens é no Hoteis.com. Você encontra os melhores preços, a maior disponibilidade e facilidades imperdíveis se hospedando por lá.
Essa, diferente da do Pontal, é muito boa e própria para banho. Tem poucas ondas, a água é quente, tem uma vida marinha ocorrendo bem perto e tem bastante estrutura de quiosques.
Uma coisa interessante é que encontramos uma gosminha, vou botar uma foto aqui embaixo, na areia da praia. Eu não havia visto antes, então foi muito legal. Também tinham uns urubus que nos acompanharam em vários momentos da viagem. Os apelidamos de Kleber e Bambam.

Paraty, a Cidade Histórica
Paraty é mais do que uma cidade de praia. O centro histórico tem ruas de pedra e um charme único, com muito mais para fazer além de nadar.
É um destino de praia em que a praia não é o foco principal. Foi a primeira vez que estava ali com minha noiva, e também foi a primeira vez que fui pro RJ. E a primeira vez numa praia tão limpa e com a água cristalina.
Por isso, foi uma experiência tão envolvente e diferente. Sem contar que a cidade de Paraty, é uma cois Ela tem uma essência, ela tem uma aura que é diferente.
E não só o centro histórico, o centro comercial, as pessoas acolhem bem ali. É uma acolhida de uma cidade do interior. Uma cidade do interior que tem bastante gente, por sinal.
É uma cidade preparada para o turismo, basicamente. A vida ali, tenho quase certeza que ocorre em volta do turismo, então você sempre será muito bem servido por lá.
A Beleza de Paraty
Durante o dia, a cidade já é linda, mas à noite ela revela uma beleza ainda mais especial.
As luminárias e os postes parecem estar posicionados de forma quase estratégica, como se compusessem uma pintura que ilumina as ruas de um jeito único.
Muita gente comenta sobre algumas ruas específicas — acredito que uma delas se chame Rua do Fogo.

É uma rua belíssima, repleta de flores encantadoras. Na verdade, a cidade inteira é linda e extremamente fotogênica.
Minha noiva e eu, no entanto, não somos muito de postar fotos na internet.
Raramente fazemos isso. Preferimos manter certa discrição, algo que sempre foi muito natural pra mim.
Gosto muito de falar e escrever, mas não tenho o hábito de me expor.
E isso não tem nada a ver com falta de autoconfiança — muito pelo contrário: gosto da minha aparência e, convenhamos, sou um verdadeiro pitelzinho. 😄
Simplesmente não sentimos necessidade de compartilhar tudo.
Mas, em Paraty, tiramos muitas fotos — nossas e da cidade.
Festa do Divino e Celebrações Locais
A gente foi a uma festa específica: a Festa do Divino, que aconteceu em maio.
A cidade estava inteiramente enfeitada, com várias bandeiras vermelhas espalhadas — a bandeira do Divino, que tem um brasão no centro e, se não me engano, uma ave branca no meio.
Essa decoração transformava o visual do centro histórico de Paraty em algo realmente único.
Foi uma imagem que me marcou.

A cidade, por si só, já é linda, mas ver tudo aquilo preparado para a festa deixou o cenário ainda mais especial.
Também assistimos a uma procissão, com uma bandinha passando pelas ruas.
Tinham várias crianças tocando instrumentos — não sei se era só composta por crianças, mas elas estavam ali, presentes, fazendo parte do cortejo.
A procissão ia seguindo até a igreja matriz — aquela que fica na praça central. Acho que era a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios.
A gente foi acompanhando um pouco o cortejo enquanto seguíamos para o centro. Lá, havia algumas festividades, com barracas montadas vendendo comidas e bebidas.
A comida, sinceramente, não era das melhores. Mas as bebidas estavam ótimas, e o clima da festa tornava tudo mais divertido.
Passeio pelas Ilhas e Praias
Acho que fica bem claro o quanto amei essa cidade — o quanto gostei, o quanto me senti em um lugar diferente.
Posso falar também das praias e das ilhas que visitamos durante o passeio. A água era límpida, linda. O Saco do Mamanguá, por exemplo, é algo totalmente diferente de tudo que eu já tinha visto na vida.
Estar ali, no meio daquela imensidão azul, dentro de um barquinho, foi uma experiência muito especial.
Foi tudo deslumbrante: as praias, a água, o cenário ao redor.
Eu não sei nadar muito bem, então alugamos coletes ali mesmo, no barco, pra poder aproveitar.
Com os coletes, eu me jogava mais na água. Minha noiva, com um certo receio, ia com mais cautela, mas no fim das contas, nos divertimos bastante.
Conhecemos praias maravilhosas e tiramos fotos em várias delas. A água era coisa de outro mundo — incrivelmente transparente.
Dava pra ver o corpo inteiro mesmo quando a água já batia no pescoço — exagero meu, talvez, mas a sensação era essa: a visibilidade era absurda.
Tinha hora que a gente olhava pra baixo e via peixinhos nadando ao redor, bem pertinho da gente.
Parecia cena de filme — mas era real, e eu estava lá. Foi a melhor experiência que já vivi, e sei que jamais vou esquecer.
Gastronomia Local
E aí, a gente também pode falar sobre a gastronomia.
Comemos em lugares muito legais, mesmo sem aproveitar tanto os pratos típicos de praia. Isso porque a gente não come muito peixe.
Minha noiva tem alergia a frutos do mar, o que já limita bastante, e muitos dos restaurantes oferecem apenas pratos para duas pessoas.
Eu como peixe e frutos do mar, mas como ela não pode, acabamos deixando passar várias opções.
Às vezes até dava vontade, mas preferi me abster. Não valia a pena pagar caro por algo que talvez não fosse tão bom, ou que ela não pudesse dividir comigo.
Mesmo assim, comemos muito bem. Frangos bem preparados, carnes bem temperadas. Tudo muito gostoso.

E os hambúrgueres, então? Principalmente o do Van Gogh… Sensacional! Aquela hamburgueria é de outro mundo.
Arte, economia e descobertas no coração de Paraty
A gente também andou bastante pelo centro comercial.
Porque, assim… a gente é meio mão de vaca. Queríamos comprar água mais barata, alguma besteira, um sorvete, sabe?
Então fomos explorar a parte mais simples da cidade, onde dava pra conseguir uma barganha ou outra.
Um lugar que me marcou muito foi a Casa da Cultura de Paraty. É o espaço cultural principal da cidade. Recomendo demais que todo mundo vá.

Lá dentro tem várias obras de arte de artistas locais, tanto novos quanto antigos. E Paraty tem muito artista novo, viu? É impressionante.
A gente viu obras bem diferentes do que estamos acostumados, e outras mais “comuns”, mas todas muito bem feitas e visualmente lindas. Foi uma experiência que valeu muito a pena.
A entrada é simbólica, quase de graça mesmo.
E o ambiente é muito bonito. Rende umas boas fotos — não sei se das obras em si, talvez não seja permitido — mas do espaço em si, com certeza.
Ah, e tem um documentário que você pode assistir lá dentro, incluso no passeio. É sobre um filme que foi gravado em Paraty mesmo.
Depois que você assiste, passa pelos lugares da cidade e reconhece onde algumas cenas foram feitas. Muito legal isso.
E no último andar desse lugar, perto do pôr do sol—e não pode ser tão tarde assim, porque eles fecham relativamente cedo—tem umas varandinhas onde você consegue tirar fotos que são únicas, para dizer o mínimo.
Arquitetura e artistas
Você pega a arquitetura de Paraty com luzes extremamente bem colocadas, bem ali, da varanda de um lugar que também tem uma arquitetura belíssima.
E aí, com a minha noiva e aquele sorriso lindo dela, ficou simplesmente perfeita a foto que eu fiz dela.
A foto em si ficou ruim, porque eu sou um péssimo fotógrafo, mas a minha noiva é linda — então ficou incrível.
E nesse último andar tem uma exposição sobre alguns artistas mais antigos de Paraty.
Em especial, tem a história de um artista local—ou melhor, um amante da arte. Ele era dono de um restaurante (ou bar, não lembro ao certo), e tinha uma relação muito bonita com os artistas que passavam por lá.
Esse cara, por amar tanto a arte, aceitava obras como forma de pagamento.
Quando um artista chegava com fome, mas sem dinheiro, ele trocava um prato de comida por um desenho, um texto, alguma expressão artística.
Achei isso incrível. Primeiro, por ele ter tido essa sensibilidade de apoiar quem vive de arte. Depois, por essa coleção ter sido preservada, organizada e exposta.

É um reflexo de como Paraty é uma cidade artística por natureza. Não me surpreende que a Flip aconteça lá.
Espero um dia conseguir ir durante a Flip e ver como fica a cidade nesse período. Porque em qualquer canto de Paraty, você encontra alguém fazendo arte.
Artista de rua tocando, pintando, vendendo sua arte na praia, ali na altura do centro histórico, com o mar ao fundo.
É bonito ver como as pessoas encontram formas criativas de viver daquilo que amam.
A tal da “Veneza Brasileira”
Tem uma outra coisa que é muito legal em Paraty—ou, pelo menos, muito curiosa—que é essa fama de ser uma espécie de Veneza brasileira. Porque, sim, as ruas enchem de água!
Foi engraçado quando a gente chegou. A gente não fazia ideia de que era tanto assim.
Aí começamos a andar e, de repente, demos de cara com uma parte completamente inundada.
Falamos: “****, a gente vai ter que voltar!”
Só que aí a água começou a encher também onde a gente queria voltar. Então, não dava mais pra voltar.
A solução? Seguir em frente, pulando pelas muretinhas e canteiros que tinham por ali. Nada difícil, mas também nada previsto.
E apesar da surpresa, a cena é bem bonita. A maré sobe e vai tomando as ruas do centro histórico devagarzinho.
É uma paisagem única, principalmente com o reflexo das luzes nas poças.

Esse charme das marés tomando conta aos poucos, é uma experiência memorável.
O lado salgado de Paraty
É… se eu posso dizer algo negativo sobre Paraty, eu posso dizer sim: é uma cidade cara — bastante cara.
Embora a gente consiga achar alguns locais custo-benefício, ainda assim é um custo-benefício caro.
Talvez, se fosse mais longe ainda, lá pro fundo do centro comercial, desse pra achar algo, mas a gente preferiu ficar mais próximo das pousadas.
Até porque é uma cidade que a gente não conhecia, e a gente não se sentiu 100% seguro para explorar demais.
No sentido de “seguro para explorar”, sim… mas não a ponto de ultrapassar alguma barreira — uma linha meio invisível que nos limita, sabe?
A gente preferiu ficar mais no miolinho mesmo, perto do centro comercial, mesmo com os preços ali… bem ali, bem bem bem ali, se é que me entende, rs.
E aí, uma coisa que eu posso repetir pra ti, de forma clara: é cara mesmo.
Dizem que tem um “shopping” lá onde você pode comprar algumas coisas… Mas não é bem um shopping, tá? É tipo um… Brás gourmetizado.
São umas barraquinhas. E fica indo no sentido da Praia do Jabaquara—bem fácil de ver. Depois que você passa a igreja matriz, tem uma pontezinha por onde passam carros e pedestres.
À direita tem esse “shoppingzinho”. Cara, tudo bem caro.
Nada ali que valha muito a pena, sinceramente. Só vale a pena se você quiser levar alguma coisa local, mesmo. Daí, beleza.
Mas honestamente, se for pra comprar algo realmente com cara de Paraty, vai pro centro histórico.
Tem várias lojinhas por lá. Tem gente vendendo vários artesanatos diferentes, obras de arte, instrumentos musicais.
E tem os próprios comércios do centro histórico — essas lojinhas charmosas, bem cuidadas, que já viraram parte da paisagem da cidade.
Hospedagem na Pousada dos Contos
Durante nossa estadia em Paraty, optamos pela Pousada dos Contos, situada na Rua Marechal Deodoro, número 1, no centro da cidade.
A localização é excelente, permitindo fácil acesso ao centro histórico e às praias próximas, como a do Pontal e Jabaquara, sem a necessidade de utilizar o carro.
A pousada oferece um café da manhã simples, porém saboroso, com opções como bolos, pães, frutas frescas e sucos naturais.
Além disso, as acomodações são confortáveis e limpas, equipadas com ar-condicionado, TV a cabo, frigobar e cofre.
O atendimento cordial e prestativo da equipe contribuiu para uma experiência agradável.
Considerando a localização, conforto e serviços oferecidos, a Pousada dos Contos apresenta um bom custo-benefício para quem busca uma estadia prática e aconchegante em Paraty.
Paraty por outro caminho: a jornada de carro
Esse eu posso trazer uma visão mais voltada para viagens de carro — especialmente as longas. É que eu fui pra Paraty saindo de São Paulo — sou de Guarulhos — e a gente foi direto de Guarulhos até Paraty.
Se você também está planejando uma viagem para Paraty — ou qualquer outro destino — e pretende ir de carro, vale a pena dar uma olhada na Rentcars.
Foi por lá que consultei as opções de aluguel, e achei bem prático comparar os preços e escolher o modelo ideal pro tipo de estrada que a gente ia pegar.
Dá pra reservar com antecedência, parcelar e ainda rola aquele suporte se precisar.
Não deixe de consultar o RentCars.
A gente andou até onde dava, e então pegamos a famosa Estrada Paraty-Cunha, que faz parte da Estrada Real, o Caminho do Ouro.
Cara, que estrada linda.
Você vai curtir porque tem uma cachoeira muito legal, tem um mirante absurdamente bonito.
E a estrada, em certo ponto, fica cercada por floresta—é de arrepiar de tão bonita. É muito verde, sabe?
Você vai descendo, e parece que tudo vai te abraçando. Aquelas árvores grandes, longas, frondosas — você se sente meio dentro de um filme.
É mágico.

Desafios na estrada
Agora… a estrada também tem seu desafio à parte.
Em alguns trechos, ela vira uma via de mão dupla, mas com uma única faixa. Ou seja: você e quem tá vindo na direção contrária estão na mesma pista.
Tem que tomar muito cuidado, porque tem gente que anda rápido demais nesses trechos — e isso é pura loucura, né?
Pode vir alguém de frente com você, do nada. E tipo assim: não tem sinalização nenhuma. Não vi nenhum acidente, felizmente. Mas também não tem muito ali que ajude a evitar um.
A estrada até avisa quando vai virar pista única, e sinaliza algumas curvas. Mas não tem nada de semáforo, nem indicação de parada obrigatória.
Você só sente que é melhor parar e ver se vem alguém. É meio no feeling mesmo. Meio no “vai com Deus”—rsrs.
Eu gosto de dirigir, mas foi um momento tenso pra mim na viagem.
Coloquei uma musiquinha baixa, só pra dar o clima… minha noiva foi relaxando, a gente conversando, e no fim das contas foi bem legal.
Depois, quando você vai chegando mais perto de Paraty, na parte mais baixa, o medo já passou e tá tudo certo.
Na volta foi bem mais tranquila — acho que é porque eu já tinha enfrentado o “bicho”, já conhecia o trecho. Então não deu nenhuma ansiedade, foi super de boa.
Chegando na cidade mesmo, nas ruas de Paraty, foi suave. Nenhum problema, estrada bem legal.
Ai, ai, Paraty
Paraty é mesmo um daqueles destinos que marcam.
Cheia de história, cultura, natureza exuberante e um centrinho charmoso que parece ter parado no tempo, a cidade entrega uma experiência rica, principalmente pra quem curte caminhar sem pressa, entrar em lojinhas locais, e respirar um pouco de Brasil raiz.
Pontos Positivos? Vários.
✨ A natureza em volta — praias, cachoeiras e trilhas.
✨ O centro histórico, que é um convite pra desacelerar.
✨ O clima acolhedor e artístico da cidade.
✨ E claro, a gastronomia: cara, sim, mas com ótimas surpresas.
Pontos Negativos?
💸 É um destino mais caro, principalmente em hospedagem e alimentação.
🛣️ Algumas vias e estradas podem ser mais desafiadoras, especialmente se você estiver de carro — como foi no nosso caso.
Mas mesmo assim, valeu cada momento. Paraty é o tipo de lugar que, se você entra na vibe dela, ela te acolhe e entrega memórias que ficam.
Se você está pensando em ir pra lá, recomendo dar uma olhada nesses dois conteúdos que preparei com mais carinho ainda:
👉 [As 6 melhores pousadas de Paraty (custo-benefício de verdade!)] — pra te ajudar a escolher onde ficar sem surpresas desagradáveis.
👉 [Meu roteiro de Paraty] — dia a dia com dicas práticas, caminhos, comidinhas e até um pouquinho de filosofia no meio da estrada 😄
No fim das contas, a pergunta é: Paraty é pra você?
Só você vai saber responder. Mas espero que esse relato tenha te ajudado a sentir um pouco da energia do lugar.
Boa viagem — e depois me conta como foi! 🌿✨
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